O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Minas Gerais (SEEMG) marcou presença no Seminário de Saúde e Segurança do Trabalho, realizado no último dia 28 de agosto pelo Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem, na sede da entidade em Contagem-MG. O encontro reuniu especialistas e autoridades para debater os desafios da saúde laboral.

Entre os palestrantes estiveram Fátima Brant, diretora de Vigilância em Saúde do Trabalhador do SUS Contagem e do Cerest, Jacéia Netz, mestre em Serviço Social pela PUC Minas e coordenadora do departamento de saúde do Sindicato dos Bancários, Luciana Barreto, advogada trabalhista e assessora jurídica da Associação dos Colaboradores da Usimed de Tubarão (ACUT), e Carlos Calazans, superintendente regional do Ministério do Trabalho e Emprego em Minas Gerais.

Representando o SEEMG e também a Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Anderson Rodrigues destacou a importância da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e chamou a atenção para a realidade da enfermagem, marcada pela sobrecarga de trabalho e pelos altos índices de adoecimento. Ele alertou que, na prática hospitalar, a redução do número de profissionais e o aumento de pacientes é tratada como “redução de custos”, mas gera sobrecarga, adoecimento e risco ampliado tanto para trabalhadores quanto para pacientes.

De acordo com dados do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), em maio de 2025 o Brasil contava com 3.192.152 profissionais de enfermagem entre enfermeiros, técnicos, auxiliares e obstetrizes, sendo 247.938 em Minas Gerais. A categoria é uma das que mais sofre afastamentos por motivos de saúde dentro do setor. Entre 2020 e 2024, os principais motivos de afastamento foram transtornos mentais, estresse ocupacional, lombalgias e doenças musculoesqueléticas. Pesquisas apontam depressão, ansiedade e síndrome de burnout como as principais causas de afastamento prolongado.

Ao final do evento, o SEEMG parabenizou o Sindicato dos Metalúrgicos pela realização do seminário e reforçou que a saúde dos trabalhadores deve ser tratada como uma pauta universal. Para Anderson Rodrigues, somente com solidariedade entre categorias e união das lutas sindicais será possível transformar a realidade e garantir ambientes de trabalho mais saudáveis e seguros.

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