O mês de setembro marca, em todo o país, a campanha Setembro Amarelo, dedicada à prevenção ao suicídio e à conscientização sobre saúde mental. Em 2025, o lema escolhido foi “Se precisar, peça ajuda!”, ressaltando que pedir apoio não é sinal de fraqueza, mas um passo essencial para preservar a vida.

Promovida pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Centro de Valorização da Vida (CVV), a campanha busca quebrar o tabu em torno do tema e incentivar o acolhimento e a escuta ativa. Mudanças bruscas de comportamento, isolamento social, desesperança, abandono do autocuidado, alterações no sono e no apetite são alguns sinais de alerta que podem indicar sofrimento emocional.

De acordo com a psiquiatra Sandra Peu, quando uma pessoa manifesta intenção de morrer ou apresenta alterações comportamentais graves, é fundamental buscar avaliação médica o quanto antes, preferencialmente com um especialista em psiquiatria.

Os dados reforçam a urgência do tema. Em 2024, o INSS registrou 472 mil afastamentos por transtornos mentais, um aumento de 68% em relação ao ano anterior. A maior parte ocorreu entre mulheres, com diagnósticos de ansiedade e depressão. O cenário alerta para a necessidade de ambientes de trabalho mais saudáveis, com políticas de apoio e acolhimento.

Apesar dos avanços em estratégias de prevenção e posvenção, a taxa de suicídios no Brasil continua alta. Estima-se que, por dia, 14 pessoas tirem a própria vida, e o número de internações por autolesão em adolescentes quase dobrou na faixa etária de 10 a 14 anos entre 2014 e 2024.

A mensagem da campanha é clara: acolher, ouvir e estar presente pode salvar vidas. O CVV disponibiliza atendimento gratuito, anônimo e sigiloso pelo telefone 188 e também pela internet, 24 horas por dia.

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