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Brumadinho,27/09/2025

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Discurso e prática: moradores dizem abastecer fora, mas postos de Brumadinho seguem cheios


Discurso e prática: moradores dizem abastecer fora, mas postos de Brumadinho seguem cheios De Vera Notícias

Na enquete realizada pelo De Vera Notícias, que contou com a participação de 692 pessoas, 73% afirmaram preferir abastecer em Mário Campos e apenas 27% disseram que ainda utilizam os postos de Brumadinho. O resultado, à primeira vista, sugere que os postos locais estariam esvaziados. Mas a realidade é bem diferente.

Apesar do discurso de indignação, os postos de Brumadinho continuam movimentados. Isso mostra que a prática não corresponde ao que muitos moradores declaram. Quando há tempo, parte da população realmente se desloca até Mário Campos para economizar, mas em várias situações, pela pressa, por necessidade imediata ou por costume, acabam abastecendo na própria cidade.

Mesmo existindo uma parcela significativa de consumo vinda de terceirizadas instaladas após o crime da Vale, órgãos públicos e turistas, o papel dos moradores segue sendo determinante. A contradição entre o que se fala e o que se faz é justamente o que mantém os seis postos da região central funcionando sem a necessidade de reduzir preços.

Se a prática fosse idêntica à fala, os postos já teriam sido obrigados a rever sua estratégia. Uma redução nos valores tornaria o combustível local mais competitivo em relação a Mário Campos, atrairia de volta os consumidores e aumentaria o volume de vendas. O que se vê, no entanto, é que os preços permanecem entre os mais altos do estado, sustentados pela divergência entre discurso e prática.

Outro ponto que chama atenção é a ausência de fiscalização. O Procon praticamente não atua na cidade em relação ao preço dos combustíveis, e os postos seguem sem qualquer tipo de controle efetivo. O papel dos vereadores também é questionado, já que a Câmara poderia cobrar explicações e pressionar por medidas em defesa da população. O resultado é um mercado que funciona sem transparência, em que os moradores ficam à mercê dos valores impostos.






O resultado da enquete não pode ser interpretado como um retrato fiel da rotina de abastecimento em Brumadinho. Ele reflete, sobretudo, o sentimento de revolta com os preços cobrados na cidade. Já o dia a dia mostra que, mesmo reclamando, a maioria continua abastecendo em Brumadinho, e é justamente essa contradição que mantém os preços elevados e o mercado local em funcionamento.

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