Petrobras volta à distribuição de gás de cozinha e expectativa é de queda no preço ao consumidor

A Petrobras anunciou o retorno ao mercado de distribuição de GLP, o gás de cozinha, após cinco anos afastada do setor. A decisão, aprovada pelo Conselho de Administração, ocorre no contexto de um plano estratégico que inclui ampliar a atuação em negócios rentáveis e aumentar a concorrência no setor.
Desde a venda da Liquigás em 2020, o mercado de distribuição ficou concentrado nas mãos de poucas empresas privadas. Hoje, a Petrobras vende o botijão de 13 quilos às distribuidoras por cerca de R$ 37, mas o produto chega às casas das famílias custando até R$ 140. O governo federal, por meio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirma que a volta da estatal à distribuição tem como objetivo combater o cartel e pressionar para baixo os preços finais.
A expectativa é de que a presença direta da Petrobras no segmento gere maior competitividade, reduzindo margens de lucro excessivas e permitindo que o botijão seja vendido a valores mais acessíveis, especialmente para as famílias de baixa renda.
Especialistas apontam, no entanto, que o impacto no bolso do consumidor dependerá do formato da operação. Ainda não está definido se a Petrobras fará venda direta ao consumidor ou se atuará apenas como fornecedora para revendedores. O governo aposta que qualquer modelo com participação ativa da estatal será suficiente para quebrar a concentração do mercado e reduzir o preço final.
Se confirmada a estratégia de ampliar a concorrência, o consumidor poderá sentir os efeitos já nos próximos meses, com botijões chegando às casas a preços mais próximos ao valor pago às distribuidoras.
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