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Brumadinho,11/08/2025

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Família denuncia descaso na UPA após Dona Rita sofrer AVC e ser deixada horas sem avaliação médica, secretaria de saúde contesta


Família denuncia descaso na UPA após Dona Rita sofrer AVC e ser deixada horas sem avaliação médica, secretaria de saúde contesta

Família relata demora no atendimento e falta de estrutura na UPA após mulher sofrer AVC e entrar em coma induzido.

Um relato feito por uma moradora de Brumadinho expõe um possível caso de negligência médica ocorrido na madrugada do último domingo, entre os dias 29 e 30 de junho, na Unidade de Pronto Atendimento da cidade. A filha da paciente Vanja Eurico de Souza, carinhosamente conhecida como Dona Rita, afirma que sua mãe chegou à unidade com sintomas graves, incluindo convulsão, espuma na boca, vômito e pressão arterial de 22 por 13. Ainda assim, segundo a denúncia, ela permaneceu por horas sem avaliação neurológica adequada.

A filha relata que Dona Rita recebeu apenas medicações para dor e controle da pressão, mas continuava sem melhora. Ela conta que precisou procurar ajuda na recepção diversas vezes, pois não havia médicos nas salas no momento em que mais precisavam.

A situação se agravou ainda mais por conta das condições estruturais. Dona Rita estava molhada de vômito e sentindo frio. A filha pediu cobertores e roupas secas, mas foi informada de que os itens só eram fornecidos a pacientes internados e que, mesmo para esses, havia escassez. Sem alternativas, tirou a própria blusa de frio e a vestiu na mãe. Disse que ficou descalça, com frio, só de topper, mas que não conseguia deixá-la naquele estado.

Durante toda a madrugada, Dona Rita continuou recebendo medicações, mas sem apresentar melhora. Foi somente por volta das sete da manhã, na troca de plantão, que a equipe médica identificou sinais claros de um AVC. A suspeita foi confirmada após a realização de exames, que diagnosticaram um aneurisma com hemorragia cerebral. Dona Rita está internada no Hospital Regional de Betim, em coma induzido e intubada, aguardando cirurgia.

Outro momento difícil citado pela filha foi quando ela não conseguiu mais levar a mãe sozinha ao banheiro. Um paciente que se identificou como técnico de enfermagem ajudou, segurando o soro enquanto Dona Rita tentava se levantar. “Se aquele homem não estivesse ali, não sei o que teria acontecido. A UPA simplesmente nos deixou sozinhas”, desabafou.

A família teme que a demora no diagnóstico e a ausência de suporte nos momentos iniciais agravem o quadro clínico de Dona Rita e deixem sequelas neurológicas irreversíveis. Acreditam que, se o atendimento tivesse sido feito de forma rápida e adequada, parte desse sofrimento poderia ter sido evitado.

A situação gerou revolta e tristeza entre os familiares, que agora cobram providências por parte do poder público e pedem respeito aos cidadãos que dependem do serviço de saúde do município.









Resposta da Prefeitura

Em resposta ao De Vera Notícias, a Prefeitura de Brumadinho enviou a seguinte nota:


"Na segunda-feira (30), uma paciente de 51 anos deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), após sofrer uma crise convulsiva em casa. A mesma foi prontamente atendida pela equipe médica de plantão. A Secretaria Municipal de Saúde enfatiza que todo o atendimento prestado foi conduzido de forma diligente e todas as ações foram tomadas rapidamente para garantir o bem-estar da paciente.


Todo o atendimento possível de ser realizado na UPA foram efetuados e, posteriormente, a paciente foi transferida para o Hospital Regional de Betim."







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