O governo de Minas Gerais publicou nesta segunda-feira, 27 de maio, um decreto que estabelece estado de emergência sanitária animal por 90 dias em todo o território mineiro. A medida vem após a confirmação de um caso de gripe aviária em um cisne negro, ave ornamental mantida em um sítio no município de Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A confirmação do caso foi feita pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que detectou a presença da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Embora a doença não afete diretamente a produção comercial de aves no estado, o governo decidiu adotar o decreto como forma de ampliar a capacidade de resposta e contenção do vírus.

Com a emergência sanitária decretada, o estado poderá mobilizar recursos humanos, financeiros e logísticos para intensificar ações de vigilância, prevenção e controle da doença. O decreto também permite a adoção de medidas excepcionais de manejo e isolamento, além de fortalecer a articulação com o Ministério da Agricultura e com o setor produtivo avícola.

Segundo o vice-governador Matheus Simões, não há risco no consumo de carne de frango ou ovos. Ele afirmou que todas as medidas estão sendo adotadas para garantir que a cadeia produtiva siga protegida. “Estamos atuando de forma preventiva para preservar a avicultura mineira e proteger a saúde pública”, destacou.

A gripe aviária, embora rara em humanos, pode representar riscos em situações de contato direto com aves contaminadas. A transmissão por meio de alimentos é descartada, desde que carnes e ovos sejam bem cozidos.

Em ações anteriores, o estado já havia descartado 450 toneladas de ovos férteis vindos do Rio Grande do Sul, em um episódio que também envolvia suspeitas da doença.

A população é orientada a não manipular aves silvestres encontradas mortas e a comunicar imediatamente às autoridades sanitárias qualquer suspeita de infecção em animais, especialmente em criações domésticas ou comerciais.