Brumadinho recebe a 1ª edição do Uai Sô – Festival de Jazz e Música Caipira.

Nossa cidade se prepara para viver um final de semana marcado pela cultura, pela música e pelo encontro entre tradição e contemporaneidade. O Córrego do Feijão será palco, nos dias 20 e 21 de setembro, da primeira edição do Uai Sô – Festival de Jazz e Música Caipira, evento gratuito que promete reunir famílias, artistas e empreendedores criativos em um espaço pensado para valorizar a mineiridade.
A iniciativa chega a Brumadinho como um movimento de integração cultural. O festival propõe um diálogo entre a sofisticação e a improvisação do jazz e a poesia popular da música caipira, reafirmando a força da cultura regional em sintonia com a música de reconhecimento internacional. Ao mesmo tempo em que homenageia tradições, abre espaço para novas experiências artísticas e gastronômicas, consolidando nossa cidade como ponto de referência no calendário cultural mineiro.
O projeto tem curadoria do artista plástico Benedikt Xacra, morador de Brumadinho, e de Miguel Galvão, idealizador do Festival PicniK e da casa Infinu, de Brasília. Para ambos, o objetivo é criar um evento que ultrapasse a apresentação musical e se torne também uma plataforma de convivência, lazer e fortalecimento da economia criativa local.
Segundo Xacra, o festival é mais do que um evento artístico, é também uma oportunidade de dar visibilidade à comunidade do Córrego do Feijão. “O Uai Sô é um encontro entre dois universos que representam riqueza e tradição cultural. Trazer esse diálogo para Brumadinho fortalece nossa identidade e amplia as oportunidades para os empreendedores criativos da região”, afirmou.
Miguel Galvão reforça a ideia de pertencimento e diversidade cultural. “O evento nasce com o espírito de aproximar diferentes públicos em torno da música e da cultura. É uma forma de reverenciar tradições ao mesmo tempo em que abrimos espaço para novas experiências, reforçando o potencial da região como polo criativo e motor de desenvolvimento coletivo”.
O festival acontece em uma área recém-inaugurada, projetada pelo escritório Gustavo Penna Arquiteto & Associados, e conta com patrocínio da Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e do Instituto Cultural Vale, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura. O espaço foi estruturado para oferecer conforto e acessibilidade, com palco principal, áreas de convivência e uma praça de alimentação que privilegia a gastronomia regional, incluindo pratos típicos, cervejas artesanais e vinhos. Além disso, haverá espaço infantil gratuito, reforçando o caráter familiar e comunitário da iniciativa.
Programação musical
A programação mescla artistas locais, regionais e nomes reconhecidos nacional e internacionalmente.
No sábado, 20/09, o festival abre às 13h30 com o grupo Negro por Negro, formado em uma comunidade quilombola da região de Brumadinho. Às 14h45 é a vez do Trio Mexe Coração, residente no Córrego do Feijão, que traz em seu repertório a essência da boa música caipira. Às 16h, sobe ao palco o Juliana Perdigão Trio, representando a força feminina no jazz contemporâneo. Na sequência, às 17h15, a consagrada dupla Zé Mulato & Cassiano apresenta seu repertório marcado pela tradição sertaneja. Encerrando o primeiro dia, às 19h, o Trio Mãos que Fazem, formado por Carlinhos Ferreira, Levi Ramiro e Renato Tupy, une música e artesania, já que os próprios músicos constroem os instrumentos utilizados nas apresentações.
No domingo, 21/09, as atividades começam às 13h30 com o Marcos Rabello Quarteto, referência do Clube do Jazz de Belo Horizonte. Às 15h, a violeira Letícia Leal, de Teófilo Otoni, apresenta um show autoral fruto de sua pesquisa sobre harmonia funcional aplicada à viola brasileira, trabalho reconhecido com prêmio em 2025 e publicado em livro e audiobook acessível para pessoas com deficiência visual. Às 17h, o palco recebe o trio Azymuth, grupo internacionalmente aclamado que é referência mundial do jazz brasileiro. O encerramento, às 18h45, fica por conta do Fernando Sodré Trio, que apresenta a força da viola de dez cordas em diálogo com a improvisação contemporânea.
A chegada do Uai Sô a Brumadinho representa mais do que entretenimento. O festival abre espaço para a valorização da cultura local, incentiva o turismo cultural e fortalece empreendedores da cidade e da região, que terão a oportunidade de expor e comercializar seus produtos. A proposta é que a cada edição novos artistas, cozinheiros e artesãos possam se somar, ampliando o alcance e o impacto positivo para a comunidade.
Com entrada gratuita e programação diversificada, o evento reforça a importância de democratizar o acesso à cultura, em um espaço que dialoga com as tradições mineiras e, ao mesmo tempo, projeta Brumadinho no cenário da música e da arte contemporânea.
Retirada de cortesias: link
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