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Brumadinho,27/09/2025

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Após morte de peixes no Rio Paraopeba, autoridades investigam possível contaminação por produto químico


Após morte de peixes no Rio Paraopeba, autoridades investigam possível contaminação por produto químico

Mais de quatro mil peixes foram encontrados mortos no Rio Paraopeba, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A mortandade começou a ser registrada no último sábado, 6 de setembro, após relatos de moradores e pescadores da região. A cena mobilizou órgãos ambientais, que investigam a hipótese de despejo de produto químico no leito do rio, especialmente na foz do Ribeirão Betim.

Imagens recebidas mostram centenas de animais sem vida acumulados às margens do Paraopeba, assustando a população local. Segundo o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba (CBH Paraopeba), Heleno Maia, espécies resistentes como piranha, pacamã e surubim, este último na lista de espécies ameaçadas, também foram encontradas mortas. O fato, de acordo com ele, reforça a suspeita de que a água recebeu algum reagente químico potente.

“Tivemos relatos e vídeos de peixes agonizando, inclusive espécies muito resistentes. A mortandade em grande escala é um indício de contaminação. Até agora, já contabilizamos mais de quatro mil peixes recolhidos”, afirmou Maia.

Equipes do Comitê, da Prefeitura de Esmeraldas, do Instituto Estadual de Florestas (IEF), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), além do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), foram acionadas para coletar amostras da água e realizar análises emergenciais. A previsão é de que os resultados laboratoriais sejam divulgados em até dez dias.

O IGAM confirmou que está realizando coletas na bacia do Paraopeba para análises em laboratório. Equipes da SEMAD, do IEF e da Polícia Militar de Meio Ambiente também estão em campo para apurar as possíveis causas. O Governo de Minas informou que medidas de mitigação serão definidas a partir dos resultados técnicos e do monitoramento contínuo, reforçando o compromisso com a proteção dos recursos hídricos e a preservação ambiental.

A Prefeitura de Esmeraldas alertou a população para não consumir, pescar ou comercializar peixes encontrados mortos ou próximos à região afetada até que as causas sejam confirmadas.

Até o momento, nenhuma empresa foi apontada como responsável pelo possível despejo e as autoridades aguardam o laudo técnico para identificar a origem da contaminação.

Especialistas já descartam ligação direta com o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em 2019. Isso porque, se o episódio tivesse relação com a tragédia, um número tão elevado de peixes já teria sido registrado ao longo dos últimos anos. O cenário atual aponta para um evento súbito e recente, compatível com despejo localizado de contaminante químico.









Mesmo assim, o episódio reacende a preocupação com a vulnerabilidade do Paraopeba, que segue impactado desde a tragédia de 2019 e ainda distante de um processo real de recuperação. Para moradores e ambientalistas, a repetição de ocorrências evidencia que o rio continua fragilizado e sujeito a novos episódios de contaminação.

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