A partir de agosto, a conta de luz vai subir em todo o país com a adoção da bandeira tarifária vermelha no patamar 2, conforme anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A cobrança extra será de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos e vai valer durante todo o mês.

Essa é a bandeira mais cara do sistema tarifário vigente, acionada em situações críticas para o setor elétrico. Segundo a Aneel, a decisão foi tomada devido ao baixo volume de chuvas registrado nos últimos meses, o que reduziu a capacidade de geração das hidrelétricas. Para manter o fornecimento, o Operador Nacional do Sistema (ONS) precisou acionar usinas termelétricas, que têm custo de produção mais alto. Esse cenário eleva o preço da energia no mercado e justifica a aplicação da bandeira mais onerosa.

O acionamento da bandeira vermelha no patamar 2 ocorre após dois meses de cobranças adicionais: em maio, a tarifa extra foi de R$ 1,88 por 100 kWh com a bandeira amarela; em junho e julho, vigorou a bandeira vermelha no patamar 1, com acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh.

Em Minas Gerais, os consumidores já vinham sentindo aumento na conta antes mesmo da mudança de bandeira. Em maio, a Aneel aprovou reajuste tarifário para a Cemig Distribuição (Cemig-D), que elevou as tarifas em média 7,36% para clientes residenciais, 2,02% para beneficiários da Tarifa Social e 9,45% para consumidores de alta tensão. O reajuste passou a valer no dia 28 de maio e está refletido integralmente nas faturas desde junho.

Com a combinação do reajuste da Cemig e da bandeira vermelha, a expectativa é de que as contas de energia fiquem ainda mais pesadas em agosto. A Aneel reforça a importância do consumo consciente para evitar desperdícios e reduzir os impactos no orçamento.