Gabriel Parreiras recebe uma das mais altas honrarias de Minas pelo trabalho à frente de Brumadinho

O prefeito de Brumadinho, Gabriel Parreiras, foi condecorado nesta terça-feira, 16 de julho, com a Medalha do Dia de Minas, uma das mais altas honrarias concedidas pelo Governo do Estado. A cerimônia ocorreu em Mariana, cidade histórica que abriga anualmente a solenidade em comemoração ao Dia de Minas Gerais.
Criada em 1980, a medalha homenageia personalidades que contribuem de forma relevante para o desenvolvimento do Estado. Entre os agraciados deste ano, estiveram líderes políticos, representantes do setor judiciário e gestores públicos. A escolha de Gabriel Parreiras representa um reconhecimento à sua atuação frente ao município que ainda carrega os impactos do rompimento da barragem da Vale, ocorrido em 2019.
Gabriel agradeceu pela homenagem, destacando que o prêmio simboliza o esforço coletivo da cidade. Em publicação nas redes sociais, escreveu: “Todo e qualquer prêmio será sempre nosso, e toda e qualquer batalha será sempre por vocês.”
O evento contou com a presença do governador Romeu Zema, do vice-governador Mateus Simões, do presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Martins Leite, e do prefeito de Mariana, Juliano Duarte.
Apesar do reconhecimento, o mesmo dia também foi marcado por uma decisão polêmica do Governo de Minas. Zema publicou no Diário Oficial do Estado a liberação de mais de R$ 28 milhões em recursos do acordo de reparação da tragédia da Vale. A verba será destinada a obras rodoviárias e ações de saúde, como a construção de um hospital em Governador Valadares, além de intervenções em cidades da Bacia do Rio Doce.
Nenhum valor, no entanto, foi direcionado diretamente para Brumadinho, município onde a tragédia ocorreu e que segue convivendo com os danos deixados pelo crime socioambiental. A ausência da cidade na lista de beneficiadas causou indignação em moradores e lideranças locais, especialmente por ocorrer no mesmo dia em que o prefeito recebia o reconhecimento oficial pelo trabalho voltado à reparação.
O contraste entre a homenagem e a exclusão da nossa cidade dos repasses reforça uma cobrança antiga: Brumadinho precisa deixar de ser símbolo apenas na dor e passar a ser prioridade nas ações concretas.
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