O Brasil vem registrando, nos últimos meses, um aumento preocupante de casos envolvendo alimentos envenenados, entregues como supostos presentes ou gestos de gentileza. O caso mais recente chocou o país: Ana Luiza de Oliveira Neves, de 17 anos, morreu após consumir um bolo de pote que teria sido envenenado por uma colega.

O doce foi entregue com um bilhete carinhoso, dizendo “um mimo para a garota mais linda que eu já vi”. A jovem chegou a ir ao hospital no sábado (1º), mas retornou para casa. No dia seguinte, passou mal novamente e morreu a caminho da unidade de saúde.

Segundo as investigações, a responsável pelo envio seria uma adolescente movida por ciúmes e raiva. Ela confessou ter envenenado o bolo. As duas não estudavam na mesma escola, mas já se conheciam. A jovem foi apreendida e encaminhada para a Fundação Casa.

Casos como esse não são isolados. Em diferentes estados, já foram registrados episódios semelhantes, envolvendo bolos, bombons, salgados e até sucos, enviados de forma anônima ou como “presentes” inesperados.

Diante disso, autoridades e especialistas reforçam o alerta: não se deve consumir alimentos de origem duvidosa ou entregues por pessoas desconhecidas, especialmente quando não há confiança sobre quem enviou ou preparou o produto. Em situações suspeitas, a recomendação é recusar a entrega e, se necessário, comunicar a polícia.

Além do risco direto à saúde, esses episódios revelam o uso de estratégias cada vez mais cruéis para camuflar crimes graves. É importante que famílias, escolas e comunidades discutam o tema e orientem adolescentes sobre os perigos e as consequências de ações como essa.